...meu lirismo se esvaie, sem paixões que me consumam, alma, corpo e pensamento!

Quando me vejo, no meio do dia, pensando em você,
pensando em seus cabelos, seu beijo, seu cheiro de cigarro que já virou agrado.


Quando sinto falta de ti e ouço sua voz, é como aquele momento quando o sol se põe perto do mar e faz um barulhinho... Completo.

Quando penso em dias de querência antes de seu beijo... (...)*


quiça,alguém o mereça!

Solidão

O que acontece é que a gente se acostuma com o vazio. Habitua-se à solidão diária. Com o caminhar desacompanhado. É fácil seguir assim. Fácil ter que tomar decisões cotidianas e práticas. É mais simples, mais cômodo.
Se surge alguém fica tudo bagunçado. É preciso conseguir espaço, tempo, tomar decisões estranhas que são questionadas pelo coração. E desde quando coração sabe alguma coisa? Deveria ficar quieto, batendo sossegado, limitando-se a bombear sangue para o resto do corpo, sem esse negócio de acelerar quando surge alguém, sem ficar dolorido quando o tal alguém não está.
É difícil aceitar o complexo, novas situações, novas rotinas. É mais fácil ser egoísta e só se preocupar consigo mesmo. Ter alguém perto cansa, assusta, vira tudo de cabeça para baixo, deixa a gente vulnerável e idiota.
Mas será que essa vulnerabilidade e essa idiotice não são necessárias?
Eis a questão!


lll

"... A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar,(...) porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas mas não posso explicar a mim mesma..."
(Alice no País das Maravilhas)